domingo, 24 de novembro de 2013

(ESE-Capítulo XVI ,Itens 8)
 “E tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade. E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica. E procurava ver Jesus, para saber quem era, e não o podia conseguir, por causa da muita gente, porque era pequeno de estatura. E correndo adiante, subiu a um sicômoro para o ver, porque por ali havia de passar. E quando Jesus chegou aquele lugar, levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse: Zaqueu, desce depressa, porque importa que eu fique hoje em tua casa. E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o gostoso. E vendo isto todos murmuravam, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um homem pecador. Entretanto Zaqueu, posto na presença do Senhor, disse-lhe: Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus bens, e naquilo em que eu tiver defraudado alguém, pagar-lho-ei quadruplicado. Sobre o que Jesus lhe disse: Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que tinha perecido”
. (Lucas, XIX: 1-10)
Não podeis servir a Deus e a Mamon; guardai bem isto, vós que sois dominados pelo amor do ouro, vós que venderíeis a alma para enriquecer, porque isso poderia elevar-vos acima dos outros e proporcionar-vos o gozo das paixões. Não, não podeis servir a Deus e a Mamon! Se sentirdes, portanto, vossa alma dominada pelas cobiças da carne, apresse-vos em sacudir o jugo que vos esmaga, pois Deus, justo e severo, vos perguntará: Que fizeste, ecônomo infiel, dos bens que te confiei? Empregaste essa poderosa fonte das boas obras unicamente na tua satisfação pessoal?
      Mas qual é, então, o melhor emprego da fortuna? Procurai nestas palavras: “Amai-vos uns aos outros”, a solução desse problema, pois nelas está o segredo da boa aplicação das riquezas. O que ama o seu próximo já tem a sua conduta inteiramente traçada, pois a aplicação que agrada a Deus é a da caridade. Não essa caridade fria e egoísta, que consiste em distribuir ao redor de si o supérfluo de uma existência doirada, mas a caridade plena de amor, que procura a desgraça e a socorre sem humilhá-la. Rico, dá do teu supérfluo; faze ainda mais; dá do teu necessário, porque o teu necessário é também supérfluo, mas dá com sabedoria. Não repelias o pranto, com medo de seres enganado, mas vai à origem do mal; ajuda primeiro; informa-te depois, para ver se o trabalho, os conselhos, a afeição mesmo, não seriam mais eficazes do que a tua esmola. Difunde ao teu redor, com a abastança, o amor do trabalho, o amor do próximo, o amor de Deus. Põe a tua riqueza sobre uma base segura e que te garantirá grandes lucros: a das boas obras. A riqueza da inteligência deve servir-te como a de ouro; difunde em teu redor os benefícios da instrução, distribui aos teus irmãos os tesouros do amor, que eles frutificarão.



CAMPANHA “CONSCIENTIZAR”


DEFICIÊNCIA FÍSICA E MENTAL

Quando nos deparamos com um deficiente físico ou mental, ficamos a indagar o porquê de determinadas pessoas encarnarem em corpos enfermos. Na antiguidade, a humanidade pensava que os indivíduos vinham com essas enfermidades por que os deuses não gostavam deles, assim, seria um castigo imposto por algo indevido que haviam praticado. Toda enfermidade é um resgate por excessos do pretérito. É uma forma de reorganizarmos nossas energias. No livro Deficiente Mental: Por que fui um?, há o seguinte comentário sobre esse assunto: “Temos muitas oportunidades de voltar à Terra em corpos diferentes e que são adequados para o nosso aprendizado necessário. Quando há muito abuso, há o desequilíbrio, e para ter novamente o equilíbrio tem de haver a recuperação. Quando se danifica o corpo perfeito, podemos, por aprendizado, tê-lo com anormalidades para aprender a dar valor a essa grande oportunidade que é viver por períodos num corpo de carne. “O acaso não existe, Deus não nos castiga, somos o que fizemos por merecer, e as dificuldades que temos encarnados são lições preciosas”. A deficiência não quer dizer que se trata de um espírito inferior, pelo contrário, muitas vezes é mais inteligente do que uma pessoa que ocupa um corpo sadio. Os espíritos superiores, em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, explicam que “é uma expiação imposta ao abuso que fizeram de certas faculdades; é um tempo de prisão”. O físico inglês Stephen Hawking é considerado um gênio. Ele tem deficiência física. Entre os seus estudos, há a busca de uma fórmula para explicar a origem do Universo, como também extinguir a necessidade de um Deus para criá-lo e governá-lo. Se esse gênio viesse em um corpo sem limitações, suas ideias poderiam ser nocivas à humanidade, criando interpretações diversas sobre a existência de Deus. Conforme explica Kardec: “A superioridade moral não está sempre em razão da superioridade intelectual, e os maiores gênios podem ter muito a expiar; daí resulta, frequentemente, para eles, uma existência inferior a que tiveram e uma causa de sofrimentos. “Os entraves que o Espírito experimenta em suas manifestações lhe são como as correntes que comprimem os movimentos de um homem vigoroso”.


“VIDA E OBRA” DE UM DOS ESPÍRITOS ABNEGADOS QUE FIZERAM UM IMPORTANTE PAPEL  NA DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPIRITA.

CAIRBAR SCHUTEL
O GRANDE APÓSTOLO DO ESPIRITISMO NO BRASIL
(1868- 1938)
Cairbar de Souza Schutel foi um dos maiores vultos do Espiritismo brasileiro.  Encarnado em 22 de Setembro de 1868 na cidade do Rio de Janeiro, filho do negociante Anthero de Souza Schutel e de D. Rita Tavares Schutel, e desencarnado na cidade de Matão, Estado de São Paulo, no dia 30 de Janeiro de 1938, tornou-se incansável propagador da Doutrina Espírita, conseguindo realizar uma obra das mais admiráveis, revelando uma operosidade sem par e uma fé inquebrantável nos ideais reencarnacionistas. Órfão de pai e de mãe antes dos dez anos! A prova maior por que teria de passar seu espírito amoroso, extremamente sensível! Seu avô, Doutor Henrique Schutel, tomou o neto a seus cuidados, matriculando o menino no Imperial Colégio de Pedro II, onde Cairbar estudou até o segundo ano. Não desejando continuar os estudos, abandonou a casa do avô, e se tornou independente, trabalhando como prático de farmácia, de manhã até tarde da noite. Aos 17 anos de idade, Cairbar Schutel já era um bom prático de farmácia e, como não gostasse da vida na antiga Capital da República, ou se sentisse atraído para o interior, abandonou o Rio de Janeiro e, com o espírito povoado de idealismo e sonhos de realização, rumou para o Estado de São Paulo. Localizou-se primeiramente na cidade de Piracicaba, onde dirigiu a Farmácia Neves, e posteriormente em Araraquara e Matão. Convertido ao Espiritismo, Cairbar Schutel fundou, no dia 15 de Julho de 1905, o Centro Espírita Amantes da Pobreza, o primeiro em toda aquela zona paulista. Não satisfeito com isso, fundou em 15 de Agosto de 1905 o jornal O Clarim, e, no dia 15 de Fevereiro de 1925, de colaboração com o grande idealista Luís Carlos de Oliveira Borges, que lhe franqueou os meios materiais, lançava a Revista Internacional do Espiritismo. Esses órgãos circulam até hoje, representando exemplo vivo de luta e de persistência. Sabia ser amigo dos párias da vida. Sempre feliz no seu receituário, transformou-se em autêntico Médico dos pobres e Pai da Pobreza de Matão, pois receitava e dava gratuitamente os remédios. Sua residência tornou-se numa espécie de Casa dos Pobres, saindo dali diariamente muita gente sobraçando embrulhos de víveres, roupas e até lenha. O sentimento de amor ao próximo teve nele um modelo digno de ser imitado. Atos de desprendimento e de renúncia eram coisas comuns para ele. Casou-se, em Itápolis, com D. Maria Elvira da Silva (Mariquinhas). Dessa união não houve filhos, tendo a consorte precedido o velho Schutel na vida de além-túmulo. Polemista emérito, jamais se curvou as injunções e às perseguições que naqueles tempos se moviam ao Espiritismo. Os próprios adversários do Espiritismo não tinha coragem de atacá-lo, tão grande era a sua projeção moral. E a grandeza da sua dedicação fazia que o estimassem, cheios de respeito. Cairbar Schutel é conhecido nos meios espíritas como o Apóstolo do Espiritismo no Brasil, e o Espiritismo teve nele zeloso e esforçado propagador e um dos mais ardentes idealistas.  Cercado da consideração de seus familiares e de numerosos espíritas desencarnou no dia 30 de Janeiro de 1938. O povo de Matão havia perdido materialmente o Pai da Pobreza. Todos os espíritas do Brasil e quiçá do mundo sentiram tão valiosa perda. "A Caridade quando praticada, material, moral e espiritualmente falando é a Religião Pura que nos conduz a Deus. Foi para demonstrar esta verdade que Jesus baixou a este mundo, pois toda a sua vida, desde o seu nascimento até a sua morte, foi a expressão mais significativa da Caridade em toda a sua plenitude"
     Cairbar Schutel "Os Gigantes da Doutrina Espírita"
Ca de
Coletânea de Lembretes Sobre a Temática
                          Mediúnica
A invigilância tem conduzido expressivo número de médiuns aos mais lamentáveis fracassos. É uma das causas de queda irreparáveis tem sido atribuído ao personalismo excessivo, cultivados por alguns. O fato se concretiza quando o medianeiro se deixa embriagar pelos aplausos efusivos e cumprimentos elogiosos, requerendo a primazias das atenções sem se imaginar, no entanto, um instrumento a mais nas mãos das trevas. No cumprimento da mediunidade redentora, humildade e recato são recursos profiláticos mobilizados contra a praga do personalismo.   

Autor: Vitor Ronaldo Costa (Minuto Mediúnico)


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